..."Estávamos na última jornada evolutiva do nosso ser. ´Poderíamos ficar mais um pouco naquela sonolência, mas, a vida nos ensinou a pagar o último ceitil que, por mais que quiséssemos permanecer naquele estado, já não seríamos tão necessários..."
Desde que aquela mulher, de nobre semblante, passou por nossa estrada, a vida na cidade, em que residíamos, mudou para melhor. Éramos muitos a colaborar com donativos de vários empresários ricos. Estes, ficavam parados, atônitos, surpreendidos com tanta fraternidade. Eram tantos os amigos e, apesar de não serem irmãos, eram amigos, mas amigos infinitos do bem desprendido e inigualável.
Ficamos ali estacionados em frente ao pátio da confraternização. Já não se podia mais enxergar a multidão que se escondia nos variados pacotes de presentes. Aquela mulher conseguira semear naqueles homens ridículos, tamanha emoção que, o mais rico, se sentia como se fosse o mais pobre diante daquela bela e nobre ação. É assim que muitos passam a se descobrir, não como pensam que são, mas, como verdadeiramente o são. Não se pode ficar sem ação, perante sublime lição de engrandecimento. Se, alguém duvida, que sinta quando a dor dilacerar o coração e derrubar a enorme barreira que separa a verdade da luxúria.
Empresários, dizia a mulher, quando é que vocês irão acordar para a verdadeira posição de seres que se elevam sem precisar estar acima do vosso semelhante? Quem realmente se eleva é aquele que não precisa subir nem mais um degrau pois, a sua própria consciência, já está alertando-o para que não destrua o verdadeiro ser que é. Quem quiser subir aos poucos descerá e a queda será tão bruta, quanto foi a corrida para a ganância!
Homens de ação, se não podem acordar para a vida maior, tentem pelo menos vivenciar a atitude daqueles que se elevam sem precisar destruir o irmão que a ti tentam alcançar.
E, perplexos, perante tão força sublime, ficamos atônitos e sem fala pois, o nosso coração já falava por todos. E, aquela mulher de aspecto tão inocente e tão humilde, voltou para o pátio e prosseguiu com as suas distribuições, sem se importar com a sua maneira de agir e sem se envaidecer com os olhares de gratidão!
Mulher que passa, mulher que somente os "pobres de espírito" e "ricos" não podem entender: é ela a CARIDADE, a abrir o coração dos homens!
Autora: Fada Fadul
Nota: A Irmã Dulce nasceu em Salvadorno dia 26 de maio de 1914. Seu nome de batismo Maria Rita Lopes Pontes. Desde os 13 anos começou a ajudar mendigos, enfermos e desvalidos. Aos 18 anos tornar-se freira. Lutou a vida inteira por um mundo melhor. Quase não comia e não dormia. Faleceu a 13 de março de 1992.
Viva irmã Dulce que veio a esse mundo só pra ensinar bondade e amor. Um exemplo de doçura e vida em Cristo!
ResponderExcluir